Minha lista de blogs

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ 2010


POEMA DO AMIGO APRENDIZ

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos. Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...






Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa





quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL PARA A HUMANIDADE!


QUE POSSAMOS TER UM NATAL DEDICADO AO VERDADEIRO ANIVERSARIANTE, O MENINO JESUS, REAFIRMANDO SUA DOUTRINA DE AMOR AO PRÓXIMO E AMOR AO DEUS DE BONDADE.






QUE O NATAL SEJA DE REFLEXÃO PARA TODOS


DEUS EXISTE - RAZÕES PARA CRERMOS EM DEUS

Disse o ex-presidente da Academia de Ciências de Nova York:"NÓS AINDA ESTAMOS NO AMANHECER da era científica, e todo o aumento da luz revela mais e mais a obra de um Criador inteligente. "Nós fizemos descobertas estupendas; com um espírito de humildade científica e de fé fundamentada no conhecimento estamos nos aproximando de uma consciência de Deus.

Eis algumas razões para minha fé: Através da lei matemática podemos provar sem erro que nosso universo foi projetado e foi executado por uma grande inteligência de engenharia. Suponha que você coloque dez moedas de um centavo, marcadas de um a dez, em seu bolso e lhes dê uma boa agitada. Agora tente pegá-las na ordem de um a dez, pegando uma moeda a cada vez que você agita o bolso. Matematicamente sabemos que a chance de pegar a número um é de um em dez; de pegar a um e a dois em seqüência é de um em 100; de pegar a um, dois e três em seqüência é de um em 1000 e assim por diante; sua chance de pegar todas as moedas, em seqüência, seria de um em dez bilhões.

Pelo mesmo raciocínio, são necessárias as mesmas condições para a vida na Terra ter acontecido por acaso. A Terra gira em seu eixo 1000 milhas por hora no Equador; se ela girasse 100 milhas por hora, nossos dias e noites seriam dez vezes mais longos e o Sol provavelmente queimaria nossa vegetação de dia enquanto a noite longa gelaria qualquer broto que sobrevivesse.

Novamente o Sol, fonte de nossa vida, tem uma temperatura de superfície de 10.000 graus Fahrenheit, e nossa Terra está distante bastante para que esta "vida eterna" nos esquente só o suficiente! Se o Sol desse somente metade de sua radiação atual, nós congelaríamos e se desse muito mais, nos assaria.

A inclinação da Terra a um ângulo de 23 graus, nos dá nossas estações; se a Terra não tivesse sido inclinada assim, vapores do oceano moveriam-se norte e sul, transformando-nos em continentes de gelo.

Se nossa lua fosse, digamos, só 50.000 milhas mais longe do que hoje, nossas marés poderiam ser tão enormes que duas vezes por dia os continentes seriam submergidos; até mesmo as mais altas montanhas se encobririam.

Se a crosta da Terra fosse só dez pés mais espessa, não haveria oxigênio para a vida. Se o oceano fosse só dez pés mais fundo o gás carbônico e o oxigênio seriam absorvidos e a vida vegetal não poderia existir.

É perante estes e outros exemplos que NÃO HÁ UMA CHANCE em um bilhão que a vida em nosso planeta seja um acidente.

É cientificamente comprovado, o que o salmista disse:"Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos."

Por A. CRESSY MORRISON

Fonte: Blog O SOL DA MEIA NOITE

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O PALÁCIO DO REI, UMA REFLEXÃO PARA OS LIDERES


Diz José Saramago em seu livro O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA, que "um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe: Dá-me um barco. A casa do rei tinha muitas portas, mas aquela era a das petições. Como o rei passava todo o tempo sentado à porta dos obséquios (entenda-se, os obséquios que lhe faziam a ele), de cada vez que ouvia alguém a chamar à porta das petições fingia-se desentendido, e só quando o ressoar contínuo da aldabra de bronze se tornava, mais do que notório, escandaloso, tirando o sossego à vizinhaça (as pessoas começavam a murmurar: Que rei temos nós, que não atende), é que dava ordem ao primeiro-secretário para ir saber o que queria o impetrante, que não havia maneira de se calar.

Então, o primeiro-secretário chamava o segundo-secretário, este chamava o terceiro que mandava o primeiro-ajudante que por sua vez mandava o segundo e assim por aí a fora até chegar à mulher da limpeza, a qual, não tendo ninguém em quem mandar, entreabria a porta das petições e perguntava pela frincha: - que é que tu queres?

O suplicante dizia ao que vinha, isto é, pedia o que tinha a pedir, depois instalava-se a um canto da porta, à espera de que o requerimento fizesse, de um em um, o caminho ao contrário, até chegar ao rei. Ocupado como sempre estava com os obséquios, o rei demorava a resposta e já não era pequeno o sinal de atenção ao bem-estar e felicidade do seu povo quando resolvia pedir um parecer fundamentado por escrito ao primeiro-secretário o qual, escusado seria dizer, passava a encomenda ao segundo-secretário, este ao terceiro, sucessivamente até chegar outra vez à mulher da limpeza, que despachava sim ou não conforme estivesse de maré.

Contudo, no caso do homem que queria um barco, as coisas não se passaram bem assim. Quando a mulher da limpeza lhe perguntou pela nesga da porta: - Que é que tu queres? O homem, em lugar de pedir, como era o costume de todos, um título, uma condecoração, ou simplesmente dinheiro, respondeu: - Quero falar ao rei.
- Já sabes que o rei não pode vir, está na porta dos obséquios, respondeu a mulher.
- Pois então vai lá dizer-lhe que não saio daqui até que ele venha, pessoalmente, saber o que eu quero, rematou o homem e deitou-se ao comprido no limiar tapando-se com a manta por causa do frio.

Entrar e sair, só por cima dele. Ora, isto era um enorme problema, se tivermos em consideração que, de acordo com a pragmática das portas, ali só podia atender um suplicante de cada vez, donde resultava que, enquanto houvesse alguém à espera de resposta, nenhuma outra pessoa se poderia aproximar a fim de expor as suas necessidades ou suas ambições.

À primeira vista, quem ficava a ganhar com este artigo do regulamento era o rei, dado que, sendo menos numerosa a gente que o vinha incomodar com lamúrias, mais tempo ele passava a ter e mais descanso para receber, contemplar e guardar os obséquios. À segunda vista, porém, o rei perdia e muito, porque os protestos públicos, ao notar-se que a resposta estava a tardar mais do que o justo, faziam aumentar gravemente o descontentamento social, o que, por seu turno, ia ter imediatas e negativas consequências no afluxo dos obséquios.

No caso que estamos narrando, o resultado da ponderação entre os benefícios e os prejuízos foi ter o rei, ao cabo de três dias, e em real pessoa, à porta das petições, para saber o que queria o intrometido que se havia negado a encaminhar o requerimento pelas competentes vias burocráticas.

Repartido entre a curiosidade que não pudera reprimir e o desagrado de ver tanta gente junta, o rei, com o pior dos modos, perguntou três perguntas seguidas, Que é que queres, Por que foi que não disseste logo o que querias, Pensarás tu que eu não tenho mais nada que fazer? Mas o homem só respondeu a primeira pergunta: - Dá-me um barco, disse.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MENSAGEM SÁBIA SOBRE MEIO AMBIENTE

Em 1854 o grande Chefe dos Suquamish, mais conhecido por "Chefe Seattle", escreveu uma carta ao grande Chefe Branco de Washington, quando este quis comprar as suas terras (dois milhões de acres por 150.000 dólares americanos) e expulsar as tribos indígenas para 'Reservas' longe dos lugares que sempre amaram e respeitaram. A carta escrita por um Pele Vermelha, foi a mais bela Declaração sobre o meio ambiente e deveria ser sempre lida e relembrada em todas as Cimeiras do "Comércio e da Globalização" do século actual. Dela refiro apenas o mais importante, porquanto o grande Chefe dizia no século dezanove ao então Presidente dos E.U.A. , Franklin Pierce, o seguinte:

"Como você pode comprar ou vender o céu, ou o calor da terra? Essa idéia para nós é estranha. Se não somos donos da frescura do ar nem do brilho da água, como você pode comprá-los? Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo. Cada pinha e mata dos pinheiros, cada grão de areia nas praias, cada gota de orvalho nos escuros bosques, cada outeiro e até o zumbido de cada insecto é sagrado para a memória e para o passado do meu povo. A Seiva que circula nas veias das árvores leva consigo a memória dos Peles Vermelhas...

Somos parte da Terra e do mesmo modo ela é parte de nós próprios. As flores perfumadas são nossas irmãs, o veado, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos; as rochas escarpadas, os húmidos prados, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencemos à mesma família...

A água cristalina que corre nos rios e ribeiros não é somente água: representa também o sangue dos nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, devem recordar-se que ela é sagrada e, ao mesmo tempo, ensinar aos vossos filhos que a devem respeitar e que cada reflexo nas claras águas dos lagos conta os acontecimentos e memórias das vidas das nossas gentes. Os rios são nossos irmãos e saciam a nossa sede são portadores das nossas canoas e alimentam os nossos filhos...

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de vida... A terra não é sua irmã , mas sim sua inimiga, e uma vez conquistada ele segue o seu caminho... Trata a sua Mãe, a Terra, e o seu irmão, o Firmamento, como objectos que se compram, se exploram e se vendem como ovelhas ou mercadoria. O seu apetite devorará a terra deixando atrás de si só o deserto...

Isto sabemos: A terra não pertence ao homem; o homem pertence á terra. Isto sabemos! Tudo está ligado, como o sangue que une uma família. Tudo está ligado! Tudo o que acontece à terra acontecerá aos filhos dos homens. O homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus muitos fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida ele o faz a si próprio. Nem mesmo o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele de amigo para amigo, fica isento do destino comum... Por fim talvez sejamos todos irmãos! Veremos isso.

Sabemos uma coisa que talvez o homem branco descubra um dia: O NOSSO DEUS É O MESMO DEUS. Vocês podem pensar que Ele vos pertence, do mesmo modo como desejam que as nossas terras vos pertençam; porém não é assim. Ele é o Deus dos homens e a Sua compaixão reparte-se por igual entre o Pele Vermelha e o Homem Branco. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e, se a estragamos, isso provocaria a ira do Criador.

Também os Brancos acabarão um dia, talvez antes que as demais tribos... Contaminem os vossos leitos e uma noite morrerão afogados nos vossos próprios resíduos. Contudo, vocês caminharão para a vossa destruição, rodeados de tanta glória..."

- Um dia Chefe Seattle todos os homens (brancos, amarelos, mestiços, vermelhos, etc.) reconhecerão que tu, um Selvagem, afinal tinhas razão. Tarde será talvez quando tivermos da tua mensagem uma verdadeira compreensão? Até lá, só espero que os pássaros continuem a cantar, que os peixes continuem a nadar, e as Florestas do Planeta continuem a renovar-nos o ar. De nada servirá o explendor do Progresso da nossa Civilização, se fizermos deste Mundo uma rocha flutuante no Espaço carregada de lixo e Poluição. Que Deus (o teu, o meu, o nosso) não permita que isso aconteça, e faça urgentemente aqui a sua própria Intervenção!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

FOLHAS DE RELVA

  1. lixo espacial na Órbita da Terra

(...) Com música poderosa eu venho, com minhas cornetas e tambores,
Não toco marchas para os vitoriosos conhecidos, toco marchas para os conquistados e assassinados.
Ouviste dizer que é bom ganhar o dia?
Digo que também é bom perder! Batalhas são perdidas no mesmo espírito em que são ganhas.
Bato e alardeio pelos mortos, os nossos mortos.
Eu sopro através de minha embocadura, bem alto e alegremente para eles.
Viva àqueles que perderam!
E para aqueles cujas naus de guerra naufragaram no oceano!
E para aqueles que se afogaram no oceano!
E para todos os nossos generais derrotados em suas empresas, e nossos heróis abatidos!
E os incontáveis heróis desconhecidos, são tão grandes quanto os grandes e aclamados heróis.
(seção 18)
WALT WHITMAN

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Este desenvolvimento não combina com Sustentabilidade da humanidade


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A ESQUERDA NO BRASIL PODE TER TRÊS CANDIDATOS A PRESIDENTE

Sem sombra de dúvidas é na política onde percebemos de maneira melhor os movimentos e as leis da dialética. Unidade e identidade dos contrários, luta ou interpenetração dos contrários, tudo se relaciona, tudo se transforma, passagem da quantidade à qualidade (mudança qualitativa), negação da negação, constituição de novas formas incorporando os elementos das velhas formas e o mais importante: o movimento que inicia um processo positivo de mudança pode se tornar o seu contrário.

O caso da saída da Senadora Marina Silva do PT e o abraço de Tamanduá que recebemos do Presidente do Senado José Sarney, sob o argumento da governabilidade é uma experiência rica. Por ora falemos apenas da decisão da Ex-Ministra do Meio ambiente.

Alguns apressados estavam já a julgar a decisão de Marina Silva em sair do PT. Denominaram-na de traidora e até lhe acusaram de estar aliada à oposição referindo-se ao PSDB, como se o PMDB, mesmo agora, fosse fiel defensor dos trabalhadores.

Esta pressa totalmente desnecessária, não observou que a Senadora busca levar para a agenda eleitoral o tema Ambiental, sem, no entanto, construir uma ruptura com o Presidente Lula. Ela buscou um outro espaço não mais existente na sua antiga casa, o Partido dos Trabalhadores.

Não! Não nos apressemos em dizer que há uma ruptura porque os comunistas e também os socialistas do PSB construíram um bloco de esquerda, logo após o abandono de compromissos na eleição para a Câmara dos Deputados, ensaiando a candidatura de Ciro Gomes Presidente da República, sem romper com o governo, mas buscando chamar a atenção de Lula e do PT para o campo de aliança histórico que é o campo da esquerda. Este ato foi tão legítimo quanto o ato de Marina ao se referir ao conteúdo ideológico do tema ambiental e sua necessidade de espaço na agenda governamental.

O governo possui muitas contradições. No campo da economia, no campo das alianças, no trato a aliados históricos, na forma como lida com as divergências internas.
Marina tomou sua decisão. Lula veio ao Acre lançou o Programa de Casas Populares Minha Casa, Minha Vida. O clima foi de bom humor, de boa convivência, não houve e certamente não haverá ataques, porque de fato não houve rupturas.

Ao final da visita do Presidente ao Acre, ficou claro para as mais diversas lideranças que Marina Silva saiu do PT para defender uma causa também de classe e de humanidade, mas permanece na Frente Brasil Popular e na base de sustentação do governo Lula. Marina permanece com seu vigor de esquerda ideológica formada na luta dos trabalhadores e se mantém em grande medida defendendo os avanços do governo Lula, travando o debate sobre questões estratégicas que precisam avançar.

Conclusão, o campo da esquerda conta, neste momento, com três candidatos para a disputa do primeiro turno das eleições presidenciais. Daí que o ditado popular continua certo. Aquele que diz: “prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém” A conjuntura nacional ganha então novos ares. Ciro Gomes poderá lançar sua candidatura a Presidente da República pelo PSB, a provável candidatura de Dilma pelo PT e Marina Silva ao se filiar no PV.

Ou quem sabe poderemos unificar pautas de campanha em torno de um só candidato que assuma o compromisso de fortalecer os programas também dos demais partidos aliados no campo da esquerda, inclusive fortalecer o nosso Programa Socialista Para o Brasil.

Frank Batista, licenciado em história pela UFAC

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

MARINA, UMA FILHA DA CLASSE

“Do rio que tudo arrasta se diz violento, mas nada se diz das margens quem o comprime”. Com esta frase poética de Brecht quero chamar a atenção para a necessidade de nós, socialistas nos comportarmos com respeito, solidariedade e prudência diante do momento que passa a Senadora Marina Silva, o Partido dos Trabalhadores e a conjuntura acirrada que o movimento classista atravessa no Brasil durante o mês de agosto.

A Senadora recebeu um convite como toda liderança política é passiva de receber! Se ela abriu a reflexão, significa também que mesmo tendo agenda aberta para a questão ambiental, o Governo Lula a realiza com muitas contradições que merecem avaliações. Tal questão para Marina é desvinculada da eleição, com tempo de televisão, ou se cresce ou diminui enquanto mandato político. Seus propósitos são sinceros e honestos.

A Senadora Marina surgiu e é protagonista da bela história de vitórias dos movimentos sociais organizados pelos trabalhadores que culminou com a vitória de um operário do ABC paulista à Presidência da República. Mas não falamos aqui apenas de identidade de causa operária em seu ambiente fabril. Marina e Lula possuem a mesma identidade de origem também quando falamos dos nordestinos e a mesma saga de luta pela sobrevivência pessoal e pela construção de um movimento de organização dos trabalhadores, nas três últimas décadas, contra a classe dominante desse País, a burguesia, seja ela industrial, agrária, comercial, agro-exportadora ou financeira-especulativa.

A Senadora Marina, não só pertence à classe operária, ao movimento dos trabalhadores pela origem de nascimento - filha de seringueiros - como também pela opção de lado, de consciência social que circunda toda a sua trajetória política.
Como militante de esquerda assumiu na mais alta radicalidade (aqui entendida no sentido marxista como raiz das coisas, das causas assumidas) a luta ambiental, dando a esse tema a dimensão mental e social que ele precisa ter para se tornar a causa de todos os homens do planeta. Um movimento como este possui a principal essência de quem é socialista que é o humanismo na sua plenitude.

Não podemos confundir nossa visão na luta contra o capital. Se escolhemos parte da burguesia para uma aliança não esqueçamos ser esta de caráter pontual. Não há em nenhum dos partidos membros da aliança de esquerda que deu ao Presidente Lula as duas vitórias eleitorais, consensos sobre a agenda ambiental.

Mas de uma coisa todos sabemos, muitas empresas de grande porte resistem em adequar-se às regulações de Estado porque “tempo é dinheiro!”. Outras não estão preocupadas com o impacto ambiental que causam com grandes obras, nem com recursos naturais, nem com as questões sociais das pequenas cidades que recebem um contingente de pessoas estranhas que a prostitui e depois vai embora.

Há os que pensam que os recursos naturais são infinitos, que jamais vão se acabar.

Há os que pensam que a civilização e desenvolvimento a ser perseguido é o do velho mundo em todo seu esplendor eurocêntrico. Há ainda os que pensam que é ora de acabar com que resta das comunidades indígenas. Enfim! Há para todos os gostos. E por isso não há consenso. No Acre, terra da florestania, da defesa do desenvolvimento sustentável, da utilização da floresta com preservação, não há consenso sobre diversas questões!

Tratar estes assuntos merece mais observação, tolerância e menos arroubo! O Brasil é gigante também nas diferenças e visões regionais. Mas, Marina Silva vem atuando no sentido de dar a este tema um lugar muito além do plano econômico e por tanto muito além dos âmbitos regionais. Marina é patrimônio mundial e a causa nobre abraçada por ela pertence a todos nós.

A sua história é inteira a história do Partido dos Trabalhadores, por isso devemos hipotecar solidariedade neste momento de reflexão, à senadora Marina Silva, ao Lula, ao PT e todos os seus dirigentes e filiados, em especial aos que são do Acre que estão apreensivos com todo o processo divergente que culminou com a entrega do Ministério do Meio Ambiente e com este mais novo fato. Também a cautela e prudência são imprescindíveis nesta hora. Não se deve desprezar os conteúdos pessoais ou julgar antecipadamente, pois assim como Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva, em sua consciência social, também é filha da classe operária.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Recomendo

Sites:


• Caderno José Aramago

Site Nacional da UJS

Site Nacional da UNE e da UBES

Portal Vermelho de Notícias

Portal CTTB

Blog do Sanderson Moura

• Site do Nação Hip Hop

• Site da UBM

• Site da UNEGRO


• Blog O Camarada Acre

domingo, 2 de agosto de 2009

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE

Ipê Roxo florado
ECOLOGIA MENTAL E SOCIAL

Lenardo Boff, teólogo e filósofo nos traduz a essência de como deveríamos cuidar da terra com todo o humanismo que ela merece. Então define formas de ecologia para os homens praticarem buscando atingir o bem-estar geral e um desenvolvimento progressivo observando a finitude dos recursos naturais e do próprio desenvolvimento rumo ao futuro. Descrevemos aqui dois desses conceitos por ele formulados.

Coincidentemente a Senadora Marina Silva do Acre, reconhecida pela gloriosa luta em defesa do Meio Ambiente numa entrevista ao Jornal A Gazeta, de Rio Branco no Acre, aponta como num governo progressista que é executado pelo Presidente Lula no Brasil, há combates contra as contradições do pensamento pelo Lucro, Pelo desenvolvimento baseado na visão da infinitude dos recursos e da vida no planeta terra.

transcrevo aqui, trechos do conceito em Leonardo Boff que dialogam perfeitamente com trechos da entrevista da Senadora Marina Silva, publicado logo abaixo. Ambos possuem a mesma linguagem e entendimento sobre os problemas concretos da influência do Meio Ambiente para o Brasil e a humanidade.

Leonardo Boff

Ecologia mental - A terceira, a ecologia mental, chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos.
Mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.

Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra.

Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica. O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer.
Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais.

A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano esquece esta realidade. Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica. Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra. Isso somente se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher.

Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento. O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado. O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra.

Cria a capacidade de re-ligar todas as coisas à sua fonte criadora que é o Criador e o Ordenador do universo. Desta capacidade re-ligadora nascem todas as religiões. Precisamos hoje revitalizar as religiões para que cumpram sua função religadora.

Ecologia social - A segunda _a ecologia social_ não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.

A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável.

É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro.

Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.

Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.

sábado, 1 de agosto de 2009

SENADORA MARINA SILVA


Senadora Marina Silva (trechos de entrevista no jornal a Gazeta)
por NELSON LIANO JR.


A senadora Marina Silva (PT-AC) chegou aos 51 anos de idade com uma disposição invejável. Apesar das cinco malárias e das três hepatites ela está com uma saúde de ferro. O carisma de quem está acostumada a grandes batalhas continua o mesmo dos seus tempos de movimento social.

A experiência de ser ministra do Meio-Ambiente lhe conferiu um poder maior de argumentações em relação à Amazônia e a sua regularização fundiária.
Não esconde a vontade de transformar o modelo econômico do Brasil e faz críticas abertas as limitações do governo do presidente Lula de implementar as mudanças necessárias.
A sua fidelidade às questões am-bientais planetárias estão intactas. “Não vou mudar o meu comportamento por conta de eleições ou cargos políticos. Prefiro ser fiel aquilo que acredito”, diz Marina.

A senadora falou sobre a coincidência da saída do ex-ministro Mangabeira Unger do governo logo depois da aprovação da Medida Provisória de Regulamentação Fundiária na Amazônia. Os dois tiveram muitas divergências.

“Ele já havia conseguido aprovar no Congresso a MP que transfere 67 milhões de hectares de terras públicas para particulares. Um patrimônio equivalente a R$ 70 bilhões.

No meu entendimento, o Mangabeira tem uma visão equivocada sobre a Amazônia.

Ele acha que quem veio para cá, indiferente dos expedientes utilizados para se apropriar das terras públicas, estava fazendo um grande favor. Eu não vejo dessa forma. A Amazônia é um lugar maravilhoso para se viver e quem veio para cá é que está recebendo um favor de morar nessa terra tão generosa.

Quem vem deve se submeter as regras do Estado de direito. As posses pacíficas não estão sendo questionadas. O que questiono é a grilagem que vem sendo feita há muitos anos na Amazônia através ocupação violenta. A CPT tem dados que revelam mais de 250 assassinatos e 260 tentativas de mortes e nós temos hoje 1700 pessoas ameaçadas. A regularização fundiária repassa terras públicas que são patrimônio de todos os brasileiros para alguns poucos aumentarem o seu patrimônio individual e o Unger favoreceu esse tipo de concepção dentro do governo e colaborou para a sua aprovação no Congresso Nacional.

A luta continua para reversão da situação. Marina Silva mandou cartas ao presidente Lula pedindo que alguns pontos da MP fossem vetados. Apesar do seu empenho conseguiu que apenas um item fosse modificado. “É o meu dever de parlamentar continuar a questionar essa situação.

Em qualquer país do mundo a doação de um patrimônio territorial equivalente a França e a Itália juntas deveria ser feita com mais cuidados. Temos que aprender a ter zelo pela nossa riqueza.

O Brasil tem 350 milhões de área agricultável e mais de 50 milhões estão em repouso. Por isso, não há necessidade de expansão da fronteira agrícola para que nós sejamos uma potencia em termos de produção.

Nós temos que aprender a manejar a tecnologia para nos tornar grandes produtores de grãos e carne sem destruir mais a Amazônia, a caatinga, o serrado e a mata atlântica.

Infelizmente há uma visão atrasada de se querer ser o maior produtor de grãos e de carne do planeta utilizando a mesma tecnologia que os índios usavam para fazer roças de subsistência. Para uma comunidade pequena é possível, mas para ser o maior produtor não dá. Se avança sobre a floresta para se garimpar nutrientes. Se utiliza aquela terra oito, nove, dez anos e vai baixando a sua produtividade. Ao invés de se recuperar a terra se derruba mais florestas.

No Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, são quase 800 milhões de hectares de áreas degredadas que podem ser recuperadas. Na Amazônia são 160 mil km de áreas abandonas que podem ser recuperadas. Se utilizarmos as novas tecnologias nós podemos dobrar a nossa produção sem derrubar nenhuma árvore. O desafio é mudar o modelo de desenvolvimento, ter novos paradigmas para o crescimento social e econômico do Brasil”, explicou.

Lula não avançou: Será que os sete anos da gestão do presidente Lula dão sinais de mudanças dos paradigmas de desenvolvimento? “Existe uma dificuldade muito grande de setores do governo para dar início a esse processo. Durante a minha gestão no Ministério procuramos estabelecer uma dinâmica para avançar. Agora, a atividade produtiva que ficava a cargo do Ministério da Agricultura praticamente não andou nada. Esses setores continuam defendendo o velho modelo de desenvolvimento e tentando flexibilizar a legislação ambiental.


Hoje o maior problema do governo é desqualificar a legislação am-biental e não aperfeiçoá-la para a sua adequada implementação. Há uma dificuldade dentro do governo Lula de ter essa percepção que o grande desafio para o Brasil é mudar o modelo de desenvolvimento.

Ficam dizendo que não vai ter energia elétrica, que não vai ter agricultura e exploração de madeira, por causa da questão ambiental. Não é isso.

Para se fazer um processo de transição do modelo predatório para o sustentável é preciso que haja políticas de governo capazes de incorporar esse viés. Ações do Ministério de Transportes, de Minas e Energia, de Agricultura, de Saúde e de Educação.

É assim que se vai criando um processo virtuoso que leve em conta as novas posturas e práticas. Quando você veta o crédito aos ilegais estará dizendo que está ajudando quem é legal. E como é que se faz para ser legal? É fazendo reservas legais, recuperando as áreas degradadas e os cadastros de propriedade. Se as pessoas vêem que a lei está ali e não vai mudar terão que se enquadrar.

O caminho vai sendo trilhado nessa direção. Senão o tempo todo fica o efeito sanfona, faz a lei e muda lei, as pessoas ficam sem um comando e sem credibilidade para o que está sendo dito.

Então durante cinco anos que participei do governo nós tínhamos uma única palavra que era combater as práticas ilegais e apoiar as inicia-tivas produtivas sustentáveis. Mas infelizmente não dependia só do meu Ministério e sim dos setores que lidam com a agenda de desenvolvimento.

As pessoas di-ziam que os licenciamentos demoravam e isso não é verdade. Quando entrei no governo havia uma média anual de 200 licenças e quando saí eram mais de 300. Nenhuma sendo ques-tionada na Justiça. Na verdade as pessoas reclamavam das exigências que precisavam ser cumpridas para poder conseguirem a licença.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

CONDORCANQUI TUPAC-AMARU



Tupac-Amaru (1781)

Condorcanqui Tupac-Amaru,
sábio senhor, pai justo,
viste subir a Tungasuca
a primavera desolada
dos patamares andinos
e, com ela, sal e desdita,
iniqüidades e tormentos.

Senhor Inca, pai cacique,
tudo em teus olhos se guardava
como num cofre calcinado
pelo amor e pela tristeza.
O índio te mostrou o ombro
no qual as novas mordidas
brilhavam nas cicatrizes
de outros castigos apagados,
e era um ombro e outro ombro,
todas as alturas sacudidas
pelas cascatas do soluço.

Era um soluço e outro soluço.
Até que armaste a jornada
dos povos cor de terra,
recolheste o pranto em tua taça
e endureceste as veredas.

Chegou o pai das montanhas,
a pólvora levantou caminhos,
e às aldeias humilhadas
chegou o pai da batalha.
Jogaram a manta na poeira,
uniram-se os velhos punhais,
e o búzio matinho
chamou os vínculos dispersos.
Contra a pedra sanguinária,
contra a inércia desgraçada,
contra o metal das correntes.
Porém dividiram o teu povo,
e irmão contra o irmão
mandaram, até que tombaram
as pedras da tua fortaleza.
Ataram os teus membros cansados
a quatro cavalos raivosos
e esquartejaram a luz
do amanhecer implacável.

Tupac-Amaru, sol vencido,
de tua glória desgarrada
sobe como o sol do mar
uma luz desaparecida.
As fundas aldeias de argila,
os teares sacrificados,
as úmidas casas de areia
dizem em silêncio: "Tupac",
e Tupac é uma semente,
dizem em silêncio: "Tupac",
e Tupac se guarda no sulco,
dizem em silêncio: "Tupac",
e Tupac germina na terra.

Pablo Neruda: Canto Geral

terça-feira, 28 de julho de 2009

QUEREMOS A PAZ


Em 1914, precisamente no dia 27 de julho, os trabalhadores realizavam um Ato na França contra a recém declarada guerra mundial. O capitalismo havia saído do casulo construído na fase concorrencial. Agora rompendo sua infância estava inaugurando a fase monopolista, cujo caminho era o domínio do globo através da ocupação política e econômica dos Países ainda não conhecedores das maravilhas industriais. Esta política de ocupação e divisão do globo na fase do capital monopolista tornou-se conhecida como imperialismo.
O interesse pelo lucro fez com que Inglaterra, França e Alemanha quebrassem a harmonia construída entre as nações Européias. Os códigos de paz até então eram tão fortes que a morte de um cidadão Alemão por um Inglês era punida com a forca pelo Estado Britânico.
Com a guerra se um britânico mata um alemão ou vice-versa torna-se um homem celebrado pela defesa da honra. Os jovens europeus passaram a receber treinamentos para combater os jovens e os homens das nações agora inimigas. Os trabalhadores eram recrutados para irem à guerra.
Alguns líderes operários perceberam que aquela guerra fora aberta por donos de grande indústria, com o objetivo de assumir o espaço de produção, de arrecadação de matéria-prima e de força de trabalho barata, mas principalmente, de espaço para venda de mercadorias. Era a guerra da concorrência!
A disputa em armas estava sendo realizada pelos donos dos grandes monopólios, os maiores capitalistas que agora construíam sua entrada imperial no mundo.
Na Alemanha, a oposição contra a guerra e contra o ingresso dos operários numa luta armada que não lhes pertenciam tinha o gesto maternal, a suavidade feminina, a força vital da mulher e o nome de bela flor: Rosa Luxemburgo.

Rosa organizou com o mais belo movimento, os trabalhadores alemães e enviou o som de sua voz aos trabalhadores franceses e ingleses, lhes dizendo: - esta guerra não é dos trabalhadores, nós não devemos nos assassinar para defender os interesses dos capitalistas. Os trabalhadores devem celebrar a paz e devem construir a solidariedade internacional.
O dinheiro já havia embriagado e confundido os sentidos dos homens e a guerra aconteceu. Cegos, os homens executaram um barbarismo primitivo, esqueceram que eram iguais aqueles assassinados inimigos. Não perceberam que assumiram o ódio das classes dominantes para com a própria classe. Multidões foram massacradas.
O filósofo Bertrand Russel assim descreve o período: “Patriotas em todos os Países celebram esta orgia brutal como a nobre determinação de vingar seus direitos, a razão e a piedade são varridas por uma grande avalanche de ódio, abstrações de maldade...E toda essa loucura e fúria e morte flamejante de nossa civilização e nossas esperanças foi provocada porque os políticos, quase todos estúpidos e sem imaginação ou coração, escolheram que ela ocorresse...”.
A Grã-Bretânha, até então, dirigente do maior processo evolutivo da história mundial, fracassou com a Europa e com a humanidade.
O imperialismo saiu vitorioso. As nações viraram novas colônias dos bancos, das companhias mercantis, das grandes fábricas, ou melhor dizendo dos seus donos que construíram a guerra e depois tiraram dela os dividendos e os almejados lucros.
Pelo imperialismo outra guerra mundial aconteceu e guerras entre nações ainda acontecem para garantir o controle da produção econômica de bases capitalistas.
Quanto à rosa, esta como as plantas, deu raiz a outras que continuam até hoje ecoando sua voz, dizendo: Não ao capitalismo, Não à guerra, Viva a paz e a solidariedade entre os povos!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Casa cheia, luz apagada e muita alegria na plenária do PCdoB


A cara feia do apagão mostrou seus dentes neste domingo.
Um princípio de incêndio no linhão, lá em Porto Velho deixou o Acre sem energia durante toda a manhã deste domingo. Um deus nos acuda. As ''termo'' não deram conta, simplesmente porque não haviam sido religadas (todas) em função da decisão judicial da semana passada. Segundo os técnicos, leva tempo.

A ausência de energia elétrica foi substituída plenamente pelo ânimo militante de dirigentes do PCdoB que lotaram o auditório da secretaria de educação durante o domingo. Isso mesmo. Num domingo pós-abertura da Expo-Acre a disciplina militante se fez notar durante horas de debate acerca da mobilização necessária em torno das tarefas envolvendo a realização de 22 conferências municipais, a conferência estadual (26 e 27 de setembro), eventos preparatórios ao 12º Congresso Nacional do PCdoB que acontecerá em novembro, em São Paulo.

No gogó se discutiu a agenda de mobilização. Passou-se em revista as tarefas no campo da construção política em torna da Frente Popular levando em conta a experiência político- administrativa acumulada, a necessária medida a ser tomada de iniciar os debates do balanço destes 20 anos, bem como o apontar de caminhos para futuras batalhas postas na agenda eleitoral.

É simplesmente animador encontrar militantes que enchem auditório com ânimo renovado e lucidez política suficiente para compreender que em cada tempo se vence etapas da batalha. Que não se deve ter pressa nem lentidão, na tomada de decisões política. Que no horizonte se descortina possibilidades animadoras na construção partidária e que a confiança é marca na relação interna partidária. Um ambiente sadio da política, assim foi a plenária do PCdoB neste domingo. Frutos virão.

Ao final, entrega de carteirinhas encarnadas.

Fonte: Blog do Edvaldo