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domingo, 27 de maio de 2012

Entrevista com Perpétua Almeida 25-05-2012 - 1º bloco

sábado, 26 de maio de 2012

Marcus Alexandre - sobre participação da perpétua na campanha

Governador Tião Viana no Gazeta Entrevista: Este bloco é esclarecedor

segunda-feira, 21 de maio de 2012

“Rio Branco é a nossa Capital. Vamos conseguir fazer um bom trabalho



Professor de Matemática do Ensino Médio, o tucano Tião Bocalom, 59 anos, nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR), mas se mudou para o Acre com a família há 26 anos. Inicialmente fixou residência em Acrelândia, município que administrou por três mandatos.
Não nega que já tenha integrado a Coligação Frente Popular do Acre, liderada pelo PT, de quem acabou se tornando o principal adversário político. Sua densidade eleitoral foi demonstrada na última disputa pelo Governo do Estado, quando alcançou 49,4% dos votos, dando um susto na FPA.
Elegeu como principal meta de campanha “o ser humano”. E promete não fugir dos graves problemas que enfrenta a Capital do Acre, caso seja eleito prefeito nas eleições desse ano. Bocalom fechou a rodada de entrevistas promovida pela TV GAZETA, dentro do programa Gazeta Entrevista, conduzido pelo apresentador Alan Rick.

Confira a entrevista a seguir

SER PREFEITO
Ser experiente é a vida que nos ensina. Nunca vi um pastor liderar uma grande igreja sem antes passar por uma menor. O mesmo acontece com o diretor de uma grande empresa. A vida nos dá essa experiência. Fui prefeito de Acrelândia, uma cidade pequena, e me senti muito bem. Quero mostrar aqui em Rio Branco como é que a gente trabalha com transparência: quando a gente pega pouco dinheiro que a prefeitura tem e o transforma em muitos benefícios para comunidade. Esse é o projeto que nós defendemos para Rio Branco. Para acabar com essa bandalheira, com essa conversa que dinheiro não dá, que dinheiro sempre é pouco. Não! O dinheiro dá. Se você gastar bem, não fizer maracutaia, não formar panelinha, você vai conseguir beneficiar a população como um todo. Rio Branco é a nossa Capital. Tenho certeza que vamos realizar um grande trabalho, principalmente focado no ser humano.

SAÚDE MELHOR
Veja só, temos realmente algumas prioridades. A saúde, por exemplo. Quando se faz pesquisa para saber quais as prioridades, o que a comunidade mais quer hoje é saúde. Por incrível que pareça! Isso porque a saúde está ruim, tanto a municipal como a estadual. Ali no Segundo Distrito, região onde tivemos uma grande alagação, alguns postos de saúde estão fechados. Isso é uma vergonha! É preciso funcionar tanto a saúde que o município é responsável, como os postos de saúde e os centros de saúde de referência, para depois não congestionar os hospitais e o Pronto Socorro. Se a pessoa vai ao posto de saúde e não é atendida, na hora que a coisa aperta um pouco mais, ela vai para o Pronto Socorro. E assim acontece com a nossa saúde. Realmente, muito complicado. Essa é uma área que devemos dar uma atenção especial, porque é da vida das pessoas que estamos tratando.

TRANSPORTE COLETIVO
Desde 2008, já discutia essa questão. Sofri algumas gozações porque andava de ônibus. Andei de ônibus, sim. Beleza! Ótimo! Porque quero saber como é que se anda de ônibus; de que jeito estão esses veículos; o que o povo passa; se é possível reduzir o valor da passagem. Estivemos em Curitiba, referência mundial, com 25 milhões de passageiros por mês. O sistema inclui ainda outros 13 municípios, que fazem parte da integração. O valor da tarifa é de R$ 2,69. Quem mora a 60 Km do centro vem para o centro por esse preço. Quando você olha para o Ceará, lá por Fortaleza passa R$ 2,10. Agora, dá para comparar com Rio Branco? Temos tudo levantado. Vamos conversar como os técnicos, para, junto com eles, começar a escrever um projeto novo para Rio Branco. Não é justo quem mora no Tucumã, por exemplo, ter que vir ao centro para depois ir para a faculdade. Nossa intenção é implantar pequenos terminais. São as chamadas Estações de Transbordo, onde a pessoa não tem que pagar outra passagem. Em Curitiba é assim.

EDUCAÇÃO BÁSICA
Tem uma equipe técnica levantando os números para nós. Sabemos que nem no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) a gente conseguiu atingir a média nacional. Tenho viajado todo o município e tenho visto escola caindo, escola que só tem uma parede. Sabemos que em Rio Branco existem 24.800 crianças precisando de creches, quando só existem 10 creches na cidade. Eu construiria muitas creches, não vou dizer o número, mas construiria em parceria com as igrejas, com entidades sociais que já têm um trabalho nessa área. Meu primeiro ato como prefeito de Acrelândia foi inaugurar uma creche pra mostrar o compromisso com as crianças. Acrelândia é o único município do Estado que tem 100% dos ramais, com transporte escolar gratuito. Outra coisa que queremos implantar são as escolas de tempo integral, principalmente nos bairros pobres.

ADMINISTRANDO GASTOS
Eu já trabalhei sem recurso em prefeitura pequenininha. Como todo mundo diz, como todo mundo sabe, que prefeitura pequena é um desespero, não tem recurso para nada, e nós conseguimos trabalhar. Eu só digo uma coisa: o que você precisa fazer é gastar bem o dinheiro público. Se você gasta bem o dinheiro público, pode ter certeza, o dinheiro rende. Em 2008, quando fui candidato a prefeito também aqui da Capital, não sei se a população deve lembrar disso, quando denunciei que por uma paradazinha daquelas de duas dúzias de tábuas e uma dúzia de pernamanca estavam cobrando R$ 17 mil, eu tinha feito casa em Acrelândia a R$ 10 mil. Então, é uma pouca vergonha! Eu tinha feito em Acrelândia ruas calçadas de tijolo, com calçamento lateral também mais meio fio, tudo a R$ 110 mil o quilômetro, em parceria com o governo do Estado. Sabe quanto era aqui em Rio Branco? R$ 800 mil. Então, se a gente reduzir o preço das obras, acabar com essa, me desculpe, mas para mim, uma tremenda sacanagem, uma quantidade enorme de prédios alugados pela prefeitura, uma quantidade enorme de carros alugados, é só começar a cortar isso, o dinheiro dá.

ENXUGANDO A MÁQUINA
Com certeza não só o enxugamento da máquina pública é necessário, mas também nos cargos comissionados, porque a gente não precisa de tantos cargos comissionados. A gente precisa é valorizar mais quem trabalha, aqueles que são funcionários efetivos da prefeitura, porque nós passamos pela prefeitura, mas os funcionários permanecem. Então, nós precisamos valorizar ao máximo as pratas da casa.

BUSCANDO RECURSOS
Graças a Deus, através da Associação dos Municípios do Acre, a gente sempre conseguiu liberar uma quantia de recursos grande. O governo federal tem muito dinheiro lá, agora o que você precisa é levar projeto bem feito, projetos que realmente cheguem em Brasília e eles vejam: primeiro, que não são projetos superfaturados. Segundo, que vai realmente beneficiar a comunidade. Aí as portas de abrem. Aqui no Estado do Acre, em 2005/2006, quando eu disse que ia construir uma rodoviária em Acrelândia, um distrito industrial, o próprio governador Jorge Viana, que é do PT, me chamou para fazer parceria. Então, quando você tem bons projetos todo mundo ajuda. Não adianta porque todo mundo ajuda.

CANDIDATURAS DE OPOSIÇÃO
A oposição existe. É a democracia. E não tem reizinho que chega e impõe o nome de alguém aqui, não. Aqui todo mundo discute e todo mundo quer colocar o nome, de forma natural, numa boa. Se a gente tiver mais de uma candidatura na Capital, pra mim não tem problema. Se der segundo turno, sem problema nenhum. E com relação aos projetos pode ter certeza que não temos projetos mirabolantes, projeto que nós temos porque já executamos em tamanho pequeno lá no município que fui prefeito. Pode ter certeza que a gente vai trabalhar bem. Se Deus quiser.

ESPORTE E LAZER
O que a gente vê é que hoje essa política de esportes aqui em Rio Branco é muito deficitária. Vamos trabalhar nessa área de esporte de forma muito forte com os jovens, com os idosos. A gente precisa cuidar pouco mais da terceira idade. Vai dar tranquilamente para fazermos essa junção de locais exclusivos para se trabalhar com os idosos e jovens nos centros de convivência. Nós queremos ver os professores de educação física e os desportistas todo mundo sentado numa mesa de reunião e discutir o que deve ser mantido e o que precisa ser mudado.

INVASÕES DE TERRA
Vão ser combatidas. Porque nós vamos desapropriar áreas para entregar para o povo poder construir. Vamos acabar com essa história de invasão de qualquer jeito. Pode continuar acontecendo alguma invasão? Pode. Até se diz aqui que tem a indústria da invasão, aqueles que invadem para depois vender. Então, se a gente trabalhar de forma bem transparente, falando com a população, orientando pode ter certeza que isso vai diminuir muito. Quem sabe a gente até acabe com isso.

TRÂNSITO DA CAPITAL
Não tenha dúvida de que o trânsito de Rio Branco está cada dia ficando pior. Isso ocorre em função de um transporte coletivo de péssima qualidade. Se a gente implantar um transporte coletivo bem melhor do que o que está aí, pode ter certeza que muita gente vai deixar o carro e vai trabalhar de ônibus. Existe excesso de semáforos. Precisamos fazer com que as avenidas Ceará e Getúlio Vargas se tornem mais rápidas. Como se faz isso? Exatamente sincronizando os semáforos. Além disso, fazendo alguns viadutos. Teremos uma equipe cuidando disso.

VERBAS FEDERAIS
Não é bicho de sete cabeças buscar recurso em Brasília. Eu fui prefeito três vezes e então eu sei os caminhos. Mas eu quero dizer que nós temos o Senador Petecão, o deputado Flaviano Melo, Antonia Lúcia, Gladson Cameli, que são quatro parlamentares de oposição. Mas que também são da base do governo em Brasília. Temos o problema do nosso deputado Márcio Bittar, o mais bem votado do PSDB do Brasil. Evidentemente que as emendas dele sofrerão alguma restrição em Brasília, por ser de oposição ao governo federal, mas eu tenho certeza, a gente vai apresentar bons projetos, de forma inteligente, e o governo vai liberar. Vamos voltar um pouco atrás, o FHC, na época que o Jorge Viana governou o Acre, foi o que mais mandou dinheiro para o Estado. Mandou mais que o Lula em quatro anos.

RELAÇÃO COM O GOVERNO
A relação institucional eu vou continuar fazendo, afinal, se o povo me der oportunidade de ser o prefeito, serei o prefeito dos riobranquenses e ele, o governador do Estado do Acre. Então, automaticamente, também do povo de Rio Branco. Então, nós precisamos estabelecer regras e parcerias para que a gente possa atender bem à população. Da minha parte, estarei sempre pronto para trabalhar sempre junto. Agora, se não quiserem, nós vamos trabalhar com o que a gente tem. Pode ter certeza que não vamos fazer feio, não.

“O PPS trabalha canditura própria", diz Aírton Rocha






Antonio Stélio
Eleições 2012

Ele é um dos acadêmicos mais respeitados do Acre: professor e doutor em História, com larga experiência política, principalmente no âmbito municipal, razão pela qual é um dos postulantes à prefeitura de Rio Branco, pelo PPS. Seu nome é Aírton Rocha, ex-vereador, ex-secretário e ex-vice-prefeito de Rio Branco. Em 2006, foi candidato ao senado, obtendo mais de 82 mil votos, dos quais quase 60 mil em Rio Branco. Aírton Rocha abre hoje a série de entrevistas que A TRIBUNA inicia com os pré-candidatos a prefeitos da capital acreana e diz que é o único candidato a se comprometer com a questão do Meio Ambiente. Ele também se revela comprometido com o setor da Educação. Confira a seguir, os principais trechos da entrevista exclusiva concedida a este matutino.

Por que ser prefeito – Por que me considero um educador – sem querer desqualificar os demais. E, claro, pela experiência de quem viu esta cidade crescer; o surgimento de bairros; e também por conhecer as instituições fundamentais do município que são a própria prefeitura, onde fui vice-prefeito e secretário, e a Câmara de Vereadores onde atuei como o terceito vereador mais bem votado. Acho que tudo isso me credencia para esta disputa eleitoral.

Trajetória – Minha militância teve início em 1972 nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), ainda sob o comando de Dom Moacyr Grecchi. Esse trabalho era feito diretamente nos bairros, principalmente os que surgiam sem nenhuma estrutura. Nós lutávamos por postos de saúde, por ruas, por esgoto, por água, papel hoje que são das associações de bairros, fundadas depois disso. Participamos do processo que fundou a Casa do Estudante Acreano, da luta pela meia-passagem, organizamos o Centro Acadêmico de História (Ufac). Fui presidente do DCE, participando do processo de reconstrução da UNE e entramos na luta de apoio aos seringueiros e posseiros. Em 1982, fui eleito vereador e em seguida fui vice-prefeito de Rio Branco. Depois, resolvi me dedicar a minha qualificação acadêmica: fiz mestrado e doutorado. Em seguida, retornoei à política partidária, apesar das decepções, e estou participando, tentando dar a minha colaboração à sociedade.

A política – Não há como vê parte da política, hoje, sob a ótica do povo, se não for com alguma decepção. A gente pode se dediludir mais do que criar as esperanças. No entanto, existe a consciência de que é participando dela que a gente consegue mudar esse quadro, porque a mudança institucional, feita pelas massas, se dá através de um instrumento: os partidos políticos.

A pré-candidatura – Ela nasceu no momento em que o nosso partido estava órfão, com a saída de lideranças como Márcio Bittar e outros. Sou filiado ao partido e me senti na obrigação de manter viva esta identidade socialista, o resgate do partido e da esperança. As pessoas também sentiram esta necessidade, daí o surgimento da pré-candidatura e a lembrança do meu nome. O PPS, como todo o partido, tem essa necessidade de ter visibilidade pública, de mostrar a sua cara e suas propostas. Somos parte da esquerda democrática com resoluções que representam o pensamento popular como na questão do meio ambiente, por exemplo, onde somos a única pré-candidatura a assinar, nacionamente, um compromisso com a questão. Precisamos reformar o aparelho do estado para conquistar uma nova sociedade, onde o Estado passa a ser o garantidor de política públicas e sociais para a maioria da população.

Propostas - Definimos pontos importantes de luta, como a questão da habitação em Rio Branco onde 40% são construções em terrenos não regularizados. Vamos combater os loteamentos cladestinos: é algo intolerável e lesa a população. O trânsito de Rio Branco é problemático e parece que não aprendemos nada com a situação das grandes cidades. Por isso, havemos de trabalhar esta questão com muito carinho, fazendo intervenções pontuais, principalmente no que tange aos transportes coletivos. Como educador, me preocupo com a questão da Educação e vamos lutar para aplicar 30% dos recursos na administração municipal voltados para o setor. O acesso e a permanência dos alunos nas escolas para combater a evasão também se faz necessário.

Meio ambiente – Em relação às nossas propostas, vale ressaltar a preocupação do PPS com o meio ambiente, pois defendemos a Cidade Sustentável, compromisso nacional de todos os pré-candidatos do partido, que assinamos, para fazer da cidade em que moramos um bom lugar para se viver. Junte a isso o nosso combate à desigualdade social através do fomento econômico. Ora, temos, em média, 30 mil famílias que dependem de programas como o Bolsa Família, só no âmbito municipal. Isso demonstra a dimensão do problema social da nossa cidade.

Rio Branco – Acho que o principal problema de Rio Branco hoje é o desemprego, a falta de renda. Isso atinge a maioria da população. É grave. A maioria da população tem esta dificuldade e para resolver isso temos que ter vontade política, parceria com outras esferas públicas e outros setores da sociedade, inclusive, o empresariado. A questão da falta de esgoto sanitário em Rio Branco é uma coisa terrível, degradante. Há pessoas que moram praticamente dentro de um esgoto a céu aberto.

Abastecimento – A questão do abastecimento de água potável em Rio Branco é algo muito sério, pois nós dependemos basicamente do rio Acre. Há meses, como em agosto e setembro, o sistema pode entrar em colapso. Ano passado quase houve isso, pois se ficasse mais 15 dias sem chover teria acontecido isso. Não por outra coisa, acho que essa questão deve ser alvo de uma discussão direta com a população e de estudos mais incisivos. Quem leva a política a sério e tem compromisso com a população, deve encampar esta questão.

A oposição – O PPS trabalha sua canditura própria, mas dissemos em vários fóruns que o partido trabalha igualmente por uma união das oposições no Acre de uma forma geral, e, em Rio Branco, em particular. Por isso, já propomos, de forma clara, que todos se unissem em torno de um candidato que tenha mais chances de ganhar a eleição. É o caso da candidatura do PSDB, de Tião Bocalom, que se apresenta com o maior nivel de preferência nas pesquisas. Isso pode viabilizar uma vitória da oposição já no primeiro turno. O governo sabe que seu candidato não ganha no primeiro turno. Tentará ganhar, usando de todos os meios, no segundo turno. E, para a oposição, seria bom evitar esta possibilidade.

Segundo turno – Se a oposição não conseguir se unir no primeiro turno, é de bom alvitre tomarmos alguns cuidados, principalmente, evitando agressões entre si para facilitar uma união, que pode ser tardia, no segundo turno. Não devemos nos agredir. Mas acho que a união no primeiro turno ainda é possível, desde que não tenhamos projetos pessoais e que o PSDB saiba conduzir isso com maturidade. Há uma falta de coesão por puro entendimento político diferenciado, mas no PPS a compreensão é outra. Nós podemos até retirar a nossa pré-candidatura em vista desta possibilidade de união já no primeiro turno. Se isso não for possível, não teremos nenhum problema em lavar a candidatura paralelamente às demais de oposição.

Angelim – Acho que existem avanços na gestão do professor Angelim. No entanto, existem problemas. E um deles é a falta de autonomia do prefeito que deve prestar contas ao povo e não ao governador. Isso é grave. Em que pese todo o respeito que tenho pelo prefeito, ele não tem autonomia. Isso, para mim, é um atentado à democracia. Lamentavelmente, o candidato apresentado pela Frente Popular tem o mesmo perfil, também não terá autonomia. A situação somente indica nomes que podem ser controlados, manietados, e isso, definitivamente, não é bom para a democracia. Rio Branco precisa de um prefeito autônomo, que somente deva satisfações à população.

Influência – Com certeza, como em toda eleição, a influência do eleitor será um fato, pelo menos tentado. A influência da máquina, a compra de voto, sempre combatidas pelas instituições responsáveis, não vai sumir de uma hora para outra. Isso ainda será tentado nesta eleição, com o intuito de beneficar o candidato da situação. No entanto, o que podemos perceber é um sentimento muito forte de mudança na população. Acho, inclusive, que este sentimento é tão forte que não será esse tipo de artimanha que vai fazer com que a população deixe de votar na oposição. Isso é muito forte, quase inabalável. O que a população quer é que nós apresentemos candidatos capazes de, sem demagogia, encaminhar as soluções de seus problemas.

Reflexão – O eleitor de Rio Branco deve aproveitar este momento eleitoral para fazer uma profunda reflexão sobre qual é o candidato que tem mais compromisso com a população; qual o que tem mais seriedade; quem não vai decepcionar. Ocorre que, às vezes, os partidos têm bom quadros, bons candidatos, mas indicam aqueles que vão decepcionar. O eleitor precisa dar um voto mais qualitativo, pois um bom prefeito é aqule que tem visão, planejamento, sabe estabelecer prioridades e sabe atacá-las.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

PEDIDO PÚBLICO DE DESCULPAS

POR MÁRCIO BATISTA

Estando ausente de Rio Branco desde segunda-feira, 14 de maio, participando do Encontro Nacional de Secretários Municipais de Educação, em São Paulo, só agora tive condição de vir a público tratar de um fato que lamento sinceramente.

Leia mais:

Caminhada e Álcool Zero

Na noite de sábado, 12 de maio, eu e minha esposa retornávamos da casa de amigos nossos, quando fui parado por uma blitz de trânsito. Informei ao policial que havia bebido pequena quantidade de cerveja.


Fui, então, informado que poderia soprar um bafômetro ou assinar um auto de infração, gerando uma ocorrência a ser respondida perante a autoridade de trânsito.


Entendi que seria mais prático assinar o auto de infração, assumindo prontamente minha responsabilidade e me dispondo a responder pelo fato.


Feito isso, passei a condução do veículo para um meu irmão.
"Álcool Zero" é uma conquista da sociedade para a cultura da paz no trânsito.


As blitzen são necessárias e reconheço o bom trabalho das autoridades para fazer o trânsito de Rio Branco mais seguro, salvando vidas e reduzindo consideravelmente o número de acidentes.

Tenho consciência de que, pela minha condição de secretário Municipal de Educação, tal falha se torna um mau exemplo, pelo qual peço desculpas e asseguro que não voltará a se repetir.

Márcio Batista é Secretário de Educação de Rio Branco, filiado ao PCdoB e pré-candidato a vice do pré-candidato a prefeito Marcus Alexandre (PT).

Meu comentário:

Atitude honesta do secretário Márcio Batista. Que sirva de exemplo aos petistas que fazem e acontecem no Acre e jamais admitem seus erros publicamente. Sequer admitem quando são derrotados nas urnas.

Relato de um policial ao blog:

Outro peixe que caiu na blitz de sábado foi um sobrinho do vice-governador César Messias. Ele nos mostrava o telefone freneticamente, dizendo que era o vice-governador querendo falar, porém não atendemos.

Ainda bem que ninguém determinou que se deixasse de fazer alguma coisa. O veículo foi conduzido ao pátio e o moço foi autuado por dirigir embriagado.

Não adianta autoridade tentar usar de influência porque nós da Polícia Militar estamos decididos a revelar os nomes à imprensa.

DILMA E A COMISSÃO DA VERDADE


A presidente Dilma Rousseff instalou nesta quarta-feira a Comissão da Verdade, que investigará as violações dos direitos humanos durante o período de 1946 a 1988 - o que inclui a ditadura militar (1964 - 1985) - mas sem poder punir os responsáveis pelos crimes. O tom do discurso foi de emoção. A presidenta conteve o choro e embargou a voz.


Leia a íntegra do discurso:

"Senhor Michel Temer, vice-presidente da República,


Senhores ex-presidentes da República: senador José Sarney, ex-presidente da República e presidente do Senado Federal; senhor Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República; senhor Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República; senhor Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República;


Deputado Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados,


Ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal,


Senhor Dipp Lângaro, aliás, desculpa, Gilson Lângaro Dipp, representante membro do Supremo [Superior]


Tribunal de Justiça, e representante aqui da Comissão da Verdade,


Senhoras e senhores ministros de Estado aqui presentes. Eu cumprimento todos ao cumprimentar a Gleisi Hoffmann, da Casa Civil; o José Eduardo Cardozo, da Justiça; o Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União; e a Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; e o embaixador Celso Amorim, da Defesa.


Senhores ex-ministros da Justiça: Fernando Lyra, senador Aloysio Nunes Ferreira, senador Renan Calheiros e o integrante da Comissão da Verdade, que foi responsável pela fala que dá início a esta cerimônia, que é José Carlos Dias.


Queria cumprimentar também os senhores e senhoras senadores aqui presentes, ao saudar o senador Eduardo Braga, líder do governo no Senado Federal.


Cumprimentar as senhoras e senhores deputados federais, cumprimentando o deputado Arlindo Chinaglia.


Cumprimentar também o senhor Roberto Gurgel, procurador-geral da República,


O ministro João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho.


Cumprimentar aqui também o senhores comandantes das Forças: almirante Júlio Soares de Moura Neto, da Marinha; general Enzo Martins Peri, do Exército; brigadeiro Juniti Saito, da Aeronáutica; general José Carlos De Nardi, do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.


Senhoras e senhores membros da Comissão da Verdade Cláudio Fontelles, Gilson Lângaro Dipp, José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro, Rosa Maria Cardoso da Cunha.


Queria cumprimentar todos os prefeitos aqui presentes saudando o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.


Cumprimentar o coordenador residente das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek.


Cumprimentar o senhor Amerigo Incalcaterra, representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, por intermédio de que cumprimento todos os demais representantes de Organismos Internacionais.


Cumprimentar todas as senhoras e senhores representantes de entidades de defesa dos direitos humanos, senhoras e senhores familiares, senhoras e senhores jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas.


Senhoras e senhores,


Eu queria iniciar citando o deputado Ulisses Guimarães que, se vivesse ainda, certamente, ocuparia um lugar de honra nessa solenidade.


O senhor diretas, como aprendemos a reverenciá-lo, disse uma vez: “a verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria este nome se morresse quando censurada.” A verdade, de fato, não morre por ter sido escondida. Nas sombras somos todos privados da verdade, mas não é justo que continuemos apartados dela à luz do dia.


Embora saibamos que regimes de exceção sobrevivem pela interdição da verdade, temos o direito de esperar que, sob a democracia, a verdade, a memória e a história venha à superfície e se torne conhecidas, sobretudo, para as novas e as futuras gerações.


A palavra verdade, na tradição grega ocidental, é exatamente o contrário da palavra esquecimento. É algo tão surpreendentemente forte que não abriga nem o ressentimento, nem o ódio, nem tampouco o perdão. Ela é só e, sobretudo, o contrário do esquecimento. É memória e é história. É a capacidade humana de contar o que aconteceu.


Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições.


O que fazemos aqui, neste momento, é a celebração da transparência da verdade de uma nação que vem trilhando seu caminho na democracia, mas que ainda tem encontro marcado consigo mesma. Nesse sentido... E nesse sentido fundamental, essa é uma iniciativa do Estado brasileiro e não apenas uma ação de governo.


Reitero hoje, celebramos aqui um ato de Estado. Por isso, muito me alegra estar acompanhada por todos os presidentes que me antecederam nestes 28 benditos anos. Por isso, muito me alegra estar acompanhada por todos os presidentes que me antecederam nestes 28 benditos anos de regime democrático.


Infelizmente, não nos acompanha o presidente Itamar Franco, a quem rendo as devidas homenagens, por sua digna trajetória. Por sua digna trajetória de luta pelas liberdades democráticas, assim como pelo zelo com que governou o Brasil, sem qualquer concessão ao autoritarismo.


Cada um de nós aqui presentes – ex-presidentes, ex-ministros, ministros, acadêmicos, juristas, militantes da causa democrática, parentes de mortos desaparecidos e mesmo eu, uma presidenta – cada um de nós, repito, é igualmente responsável por esse momento histórico de celebração.


Cada um de nós deu a sua contribuição para esse marco civilizatório, a Comissão da Verdade. Esse é o ponto culminante de um processo iniciado nas lutas do povo brasileiro, pelas liberdades democráticas, pela anistia, pelas eleições diretas, pela Constituinte, pela estabilidade econômica, pelo crescimento com inclusão social. Um processo construído passo a passo, durante cada um dos governos eleitos, depois da ditadura.


A Comissão da Verdade foi idealizada e encaminhada ao Congresso no governo do meu companheiro de jornada, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem tive a honra de servir como ministra e a quem tenho o orgulho de suceder. Mas ela tem sua origem, também, na Lei da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, aprovada em 1995, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Naquela oportunidade, o Estado brasileiro reconheceu, pela primeira vez, a sua responsabilidade pelos mortos de desaparecidos sob sua custódia. Pelos mortos de desaparecidos sob sua custódia durante o regime autoritário.


No entanto, é justo que se diga que o processo que resultou na Comissão da Verdade teve início ainda antes disso, durante o mandato do presidente Fernando Collor, quando foram abertos os arquivos do DOPS de São Paulo e do Rio de Janeiro, trazendo a público toneladas de documentos secretos que, enfim, revelados representaram um novo alento aos que buscaram informações sobre as vítimas da ditadura.


O Brasil deve render homenagens às mulheres e aos homens que lutaram pela revelação da verdade histórica. Aos que entenderam e souberam convencer a nação de que o direito à verdade é tão sagrado quanto o direito que muitas famílias têm de prantear e sepultar seus entes queridos, vitimados pela violência praticada pela ação do Estado ou por sua omissão.


É por isso, é certamente por isso que estamos todos juntos aqui. O nosso encontro, hoje, em momento tão importante para o país, é um privilégio propiciado pela democracia e pela convivência civilizada. É uma demonstração de maturidade política que tem origem nos costumes do nosso povo e nas características do nosso país.


Tanto quanto abomina a violência e preza soluções negociadas para as suas crises, o Brasil certamente espera que seus representantes sejam capazes de se unir em torno de objetivos comuns, ainda que não abram mão, mesmo que mantenham opiniões divergentes sobre outros temas, o que é normal na vida democrática.


Ao convidar os sete brasileiros que aqui estão e que integrarão a Comissão da Verdade, não fui movida por critérios pessoais nem por avaliações subjetivas. Escolhi um grupo plural de cidadãos, de cidadãs, de reconhecida sabedoria e competência. Sensatos, ponderados, preocupados com a justiça e o equilíbrio e, acima de tudo, capazes de entender a dimensão do trabalho que vão executar. Trabalho que vão executar – faço questão de dizer – com toda a liberdade, sem qualquer interferência do governo, mas com todo apoio que de necessitarem.


Quando cumpri minha atribuição de nomear a Comissão da Verdade, convidei mulheres e homens com uma biografia de identificação com a democracia e aversão aos abusos do Estado. Convidei, sobretudo, mulheres e homens inteligentes, maduros e com capacidade de liderar o esforço da sociedade brasileira em busca da verdade histórica, da pacificação e da conciliação nacionais.


O país reconhecerá nesse grupo, não tenho dúvidas, brasileiros que se notabilizaram pelo espírito democrático e pela rejeição à confrontos inúteis ou gestos de revanchismo.


Nós reconquistamos a democracia a nossa maneira, por meio de lutas e de sacrifícios humanos irreparáveis, mas também por meio de pactos e acordos nacionais, muitos deles traduzidos na Constituição de 1988.


Assim como respeito e reverencio os que lutaram pela democracia enfrentando bravamente a truculência ilegal do Estado, e nunca deixarei de enaltecer esses lutadores e lutadoras, também reconheço e valorizo pactos políticos que nos levaram à redemocratização.


Senhoras e senhores,


Hoje também passa a vigorar a Lei de Acesso à Informação. Junto com a Comissão da Verdade, a nova lei representa um grande aprimoramento institucional para o Brasil, expressão da transparência do Estado, garantia básica de segurança e proteção para o cidadão.


Por essa lei, nunca mais os dados relativos à violações de direitos humanos poderão ser reservados, secretos ou ultrassecretos. As duas – a Comissão da Verdade e a Lei de Acesso à Informação – são frutos de um longo processo de construção da democracia, de quase três décadas, do qual participaram sete presidentes da República. Quando falo sete presidentes é porque estou incluindo por justiça, e porque o motivo do nosso encontro é a celebração da verdade, o papel fundamental desempenhado por Tancredo Neves, que soube costurar, com paciência competência e obstinação, a transição do autoritarismo para a democracia que hoje usufruímos.


Transição é imperativo que se lembre aqui conduzida com competência, habilidade e zelo pelo presidente José Sarney, que o destino e a história puseram no lugar de Tancredo, e que nos conduziu à democracia.


Mas, mesmo reconhecendo o papel que todos desempenharam, não posso deixar de declarar o meu orgulho, por coincidir com meu governo o amadurecimento de nossa trajetória democrática. Por meio dela, o Estado brasileiro se abre, mais amplamente, ao exame, à fiscalização e ao escrutínio da sociedade.


A Lei de Acesso à Informação garante o direito da população a conhecer os atos de governo e de estado por meio das melhores tecnologias de informação.


A transparência a partir de agora obrigatória, também por lei, funciona como o inibidor eficiente de todos os maus usos do dinheiro público, e também, de todas as violações dos direitos humanos. Fiscalização, controle e avaliação são a base de uma ação pública ética e honesta.


Esta é a razão pela qual temos o dever de construir instituições eficientes e providas de instrumentos que as tornem protegidas das imperfeições humanas.


Senhoras e senhores,


Encerro com um convite a todos os brasileiros, independentemente do papel que tiveram e das opiniões que defenderam durante o regime autoritário. Acreditemos que o Brasil não pode se furtar a conhecer a totalidade de sua história. Trabalhemos juntos para que o Brasil conheça e se aproprie dessa totalidade, da totalidade da sua história.


A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrário, mantêm latentes mágoas e rancores. A desinformação não ajuda apaziguar, apenas facilita o trânsito da intolerância. A sombra e a mentira não são capazes de promover a concórdia. O Brasil merece a verdade. As novas gerações merecem a verdade, e, sobretudo, merecem a verdade factual àqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia.


É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la. Atribui-se a Galileu Galilei uma frase que diz respeito a este momento que vivemos: “a verdade é filha do tempo, não dá autoridade.”


Eu acrescentaria que a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje, esse tempo chegou."
Publicado por ALTINO MACHADO às 18:02 0 comentários Links para esta postagem

domingo, 6 de maio de 2012

MINHA OFERTA PARA VOCÊ É



ACIMA DE TUDO O AMOR


Ainda que eu falasse a línguas,
as dos homens e dos anjos,
se eu não tivesse o amor,
seria como sino ruidoso
ou como um címbalo estridente.

Ainda que tivesse o dom da profecia,
o reconhecimento de todos os mistérios
e de toda a ciência;
ainda que eu tivesse toda a fé,
a ponto de transportar montanhas,
se não tivesse o amor,
eu não seria nada.

Ainda que eu distribuísse
Todos os meus bens aos famintos,
Ainda que entregasse
O meu corpo às chamas,
Se não tivesse o Amor,
Nada disso me adiantaria.

O amor é paciente,
o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta,
não se incha de orgulho.
Nada faz de inconveniente,
não procura seu próprio interesse,
não se irrita, não guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça,
Mas, se regozija com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.


O amor jamais passará.
As profecias desaparecerão,

as línguas cessarão,
a ciência também desaparecerá.

Pois o nosso conhecimento é limitado;
Limitada é também nossa profecia.
Mas, quando vier a perfeição,
desaparecerá o que é limitado.

Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Depois que me tornei adulto,
Deixei o que era próprio de criança.

Agora Vemos como em espelho
e de maneira confusa;
mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento é limitado,
Mas depois conhecerei como sou conhecido.

Agora, portanto, permanecem
estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor.
A maior delas, porém, é o amor.


Coríntios 13

sábado, 5 de maio de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENTREVISTA DE GLADSON CAMELI

Muito me admirou o Deputado Federal Gladson Cameli, que realizou sua eleição e reeleição defendendo as bandeiras da Frente Popular do Acre, falar de um suposto projeto político para o Acre construído pelo PP (Partido Progressista). Em outras palavras sua eleição ocorreu em função de um Projeto da Frente Popular que tem sim, Título e Conteúdo registrado no TER, identificado pelo próprio deputado quando afirma: “Fomos eleitos em 2006 como você mesmo falou, com a Frente Popular. O PP era coligado com a FPA.” “Os quatro anos de meu primeiro mandato apoiei a frente em todas as ações que eu podia para conseguir benefícios para o Estado do Acre, como emendas, projetos etc.” Vejam bem foi ele quem disse, benefícios para o Estado, como emendas, projetos, etc, tornando claro que há Programa definido.

Mas, supondo que Gladson Cameli viesse mesmo a apresentar um projeto de governo para o Acre, de quais interesses ele estaria falando e defendendo. Esta é a reflexão necessária.

A resposta não é difícil de ser atingida, visto que na introdução da entrevista, o autor do Blog deixa claro o conteúdo, o lado e o interesse do Deputado Federal progressista, se não vejamos: "Empresário, engenheiro e filho de uma das famílias mais ricas e influentes do Acre, o deputado federal Gladson Cameli (PP-AC), 34, disse em entrevista exclusiva ao blog que a coligação Frente Popular do Acre, liderada pelo PT, não contará mais com apoio financeiro dos empreiteiros da família". Faltou dizer quem, quantos são os Empreiteiros da família e o que os tornam obedientes a Gladson Cameli.

Quais interesses um filho de tão rica e influente família do Acre defende para o Acre que o fez se afastar do projeto que o elegeu e que ele reconheceu defender? Ele responde sem fazer-se de rogado: "Depois do meu primeiro mandato, mesmo eu trabalhando nas eleições, pedindo votos para a FPA, eles estavam trabalhando por trás para derrubar minha eleição". É fácil perceber que Gladson mesmo tendo um partido e referindo-se a uma votação de 33 mil votos afirma textualmente que a eleição é pessoal, é toda sua, portanto não se vê projeto político que não seja o seu próprio sem ligação com partido e principalmente com sofrimento e com as necessidades de desenvolvimento da vida dos acreanos que estão longe de atingir o patamar econômico de Gladson Cameli. E é difícil provar como alguém sofre uma tentativa de golpe e consegue 33 mil votos no universo eleitoral do Acre.

Sua frágil tentativa de afirmar que não tem interesse de um grupo cai por terra em duas afirmações: "os partidos que têm condições de progredir, como no caso do PP, e se sentem tolhidos numa aliança do tipo que tínhamos, saem para procurar o crescimento da sigla e de seus afiliados". “(...)Eles teriam que ouvir mais os parceiros e compor”. Mais à frente conclui: "porque passei cinco anos na Frente Popular e nunca vi esse projeto de governo”. Do que está falando? Crescimento de partido ou atendimento pessoal? Só ganhar eleição? O que significa ser tolhido no governo do PT? Então ele continua: “Vamos analisar esse governo aí. Existe muita gente qualificada dos outros partidos para assumirem as Secretarias de Estado. Isso acontece? Então temos que ter a consciência de que se a oposição assumir o governo, terá uma responsabilidade muito grande nas mãos, que é mostrar ao povo que governar é compor, é somar".

Todos os questionamentos do Deputado Federal Gladson Cameli apontam para a necessidade de ele e não seu partido o PP ocupar mais espaços no governo. Portanto, a questão não é de Projeto, mas de espaço institucional no governo, ou de interesses muito particulares.

O Deputado Gladson é tão faminto desses espaços que se quer respeita os mais velhos, do contrário não teria rompido com César Messias, que é Vice-Governador já caracterizando robusta participação do PP no Governo, além de outras secretarias que o partido ocupou. Sua fome o dirigiu para a aliança com uma oposição que não consegue se quer se somar numa unidade entre si, tal é a sua falta de projeto, de preparo e qualificação para assumir o governo.

Na FPA, pode-se contestar métodos, formas, mas afirmar que esta não tem um projeto, beira mesmo a mediocridade política. Nunca se ouviu em nenhum momento, o corajoso parlamentar convocar a FPA para externar suas opiniões. Afinal foram 33 mil votos lhe afirmando como parlamentar federal desta Frente, se compromissos houvesse com esses eleitores, questionar por dentro os erros, seria o mais correto e ético.

O Deputado Federal Cruzeirense fala de destino e de missão dada por Deus. Mas, joga no lixo o que há de positivo, toda a construção, toda a arquitetura estabelecida para o desenvolvimento do Acre no governo da FPA que de fato permitiu maior acessibilidade de políticas inclusive para o povo do Juruá, não só com abertura de Estradas, mas com fortalecimento da Educação entre outros.

O jovem parlamentar Federal cegou-se diante dos interesses pessoais por tentar a qualquer custo tornar-se Senador da República nas próximas eleições. Por não encontrar viabilidade para tal interesse na FPA, para 2014, sai com acusações falsas e contraditórias. Seu comandante de oposição não conseguiu combater a poeira no município de Acrelândia, que só viu pavimentação no Governo da FPA num dos veios do Projeto iniciado por Jorge Viana que é a integração do Acre por Estradas.

Cego o Rico Deputado Federal Gladson arrasta para o abismo pessoas boas como o vereador Alisson Bestene que também se elegeu defendendo o projeto da FPA e foi envenenado pelo olhar do interesse individual.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Estamos iniciando uma nova jornada na política local. As forças estão se posicionando. Nós vamos novamente de Frente Popular. Rio Branco está sendo bem cuidada. Angelim é um excelente prefeito. Vamos superar nossos erros e celebrar o que fizemos de bom.
Estou retomando, após longa temporada, esta ferramenta