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sábado, 5 de maio de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENTREVISTA DE GLADSON CAMELI

Muito me admirou o Deputado Federal Gladson Cameli, que realizou sua eleição e reeleição defendendo as bandeiras da Frente Popular do Acre, falar de um suposto projeto político para o Acre construído pelo PP (Partido Progressista). Em outras palavras sua eleição ocorreu em função de um Projeto da Frente Popular que tem sim, Título e Conteúdo registrado no TER, identificado pelo próprio deputado quando afirma: “Fomos eleitos em 2006 como você mesmo falou, com a Frente Popular. O PP era coligado com a FPA.” “Os quatro anos de meu primeiro mandato apoiei a frente em todas as ações que eu podia para conseguir benefícios para o Estado do Acre, como emendas, projetos etc.” Vejam bem foi ele quem disse, benefícios para o Estado, como emendas, projetos, etc, tornando claro que há Programa definido.

Mas, supondo que Gladson Cameli viesse mesmo a apresentar um projeto de governo para o Acre, de quais interesses ele estaria falando e defendendo. Esta é a reflexão necessária.

A resposta não é difícil de ser atingida, visto que na introdução da entrevista, o autor do Blog deixa claro o conteúdo, o lado e o interesse do Deputado Federal progressista, se não vejamos: "Empresário, engenheiro e filho de uma das famílias mais ricas e influentes do Acre, o deputado federal Gladson Cameli (PP-AC), 34, disse em entrevista exclusiva ao blog que a coligação Frente Popular do Acre, liderada pelo PT, não contará mais com apoio financeiro dos empreiteiros da família". Faltou dizer quem, quantos são os Empreiteiros da família e o que os tornam obedientes a Gladson Cameli.

Quais interesses um filho de tão rica e influente família do Acre defende para o Acre que o fez se afastar do projeto que o elegeu e que ele reconheceu defender? Ele responde sem fazer-se de rogado: "Depois do meu primeiro mandato, mesmo eu trabalhando nas eleições, pedindo votos para a FPA, eles estavam trabalhando por trás para derrubar minha eleição". É fácil perceber que Gladson mesmo tendo um partido e referindo-se a uma votação de 33 mil votos afirma textualmente que a eleição é pessoal, é toda sua, portanto não se vê projeto político que não seja o seu próprio sem ligação com partido e principalmente com sofrimento e com as necessidades de desenvolvimento da vida dos acreanos que estão longe de atingir o patamar econômico de Gladson Cameli. E é difícil provar como alguém sofre uma tentativa de golpe e consegue 33 mil votos no universo eleitoral do Acre.

Sua frágil tentativa de afirmar que não tem interesse de um grupo cai por terra em duas afirmações: "os partidos que têm condições de progredir, como no caso do PP, e se sentem tolhidos numa aliança do tipo que tínhamos, saem para procurar o crescimento da sigla e de seus afiliados". “(...)Eles teriam que ouvir mais os parceiros e compor”. Mais à frente conclui: "porque passei cinco anos na Frente Popular e nunca vi esse projeto de governo”. Do que está falando? Crescimento de partido ou atendimento pessoal? Só ganhar eleição? O que significa ser tolhido no governo do PT? Então ele continua: “Vamos analisar esse governo aí. Existe muita gente qualificada dos outros partidos para assumirem as Secretarias de Estado. Isso acontece? Então temos que ter a consciência de que se a oposição assumir o governo, terá uma responsabilidade muito grande nas mãos, que é mostrar ao povo que governar é compor, é somar".

Todos os questionamentos do Deputado Federal Gladson Cameli apontam para a necessidade de ele e não seu partido o PP ocupar mais espaços no governo. Portanto, a questão não é de Projeto, mas de espaço institucional no governo, ou de interesses muito particulares.

O Deputado Gladson é tão faminto desses espaços que se quer respeita os mais velhos, do contrário não teria rompido com César Messias, que é Vice-Governador já caracterizando robusta participação do PP no Governo, além de outras secretarias que o partido ocupou. Sua fome o dirigiu para a aliança com uma oposição que não consegue se quer se somar numa unidade entre si, tal é a sua falta de projeto, de preparo e qualificação para assumir o governo.

Na FPA, pode-se contestar métodos, formas, mas afirmar que esta não tem um projeto, beira mesmo a mediocridade política. Nunca se ouviu em nenhum momento, o corajoso parlamentar convocar a FPA para externar suas opiniões. Afinal foram 33 mil votos lhe afirmando como parlamentar federal desta Frente, se compromissos houvesse com esses eleitores, questionar por dentro os erros, seria o mais correto e ético.

O Deputado Federal Cruzeirense fala de destino e de missão dada por Deus. Mas, joga no lixo o que há de positivo, toda a construção, toda a arquitetura estabelecida para o desenvolvimento do Acre no governo da FPA que de fato permitiu maior acessibilidade de políticas inclusive para o povo do Juruá, não só com abertura de Estradas, mas com fortalecimento da Educação entre outros.

O jovem parlamentar Federal cegou-se diante dos interesses pessoais por tentar a qualquer custo tornar-se Senador da República nas próximas eleições. Por não encontrar viabilidade para tal interesse na FPA, para 2014, sai com acusações falsas e contraditórias. Seu comandante de oposição não conseguiu combater a poeira no município de Acrelândia, que só viu pavimentação no Governo da FPA num dos veios do Projeto iniciado por Jorge Viana que é a integração do Acre por Estradas.

Cego o Rico Deputado Federal Gladson arrasta para o abismo pessoas boas como o vereador Alisson Bestene que também se elegeu defendendo o projeto da FPA e foi envenenado pelo olhar do interesse individual.

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